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Os 10 melhores livros do século 21 (até aqui)

Confira nossa lista com algumas incríveis sugestões de leitura para quem quer conhecer novos – e bons – autores e suas aclamadas obras.

Os 10 melhores livros do século 21 (até aqui)

Está procurando um livro para cumprir a promessa de ler mais? No ritmo das retrospectivas, o El País fez uma lista dos melhores publicados nas duas primeiras décadas do século 21.

São livros que falam dos temas que mais têm chamado a atenção desde o início dos anos 2000, mas com uma narrativa interessante, que mistura realidade e ficção, narração e reflexão, mesclando vários gêneros. Confira, a seguir, os dez melhores livros eleitos pelos especialistas consultados — e boa leitura!

2666 - Roberto Bolaño

Essa é uma leitura de fôlego: são, na verdade, cinco romances interligados pela busca de um escritor recluso e pelo mistério de uma série de assassinatos (dá para ler separado, mas não tem tanta graça), em meio a um movimento poético batizado de realismo visceral. O livro é considerado a obra-prima deste escritor chileno, falecido em 2003 e considerado por muitos críticos o melhor autor latinoamericano dos tempos atuais. “2666 é o melhor de uma produção literária prematuramente interrompida", escreveu Ana María Moix.

Austerlitz - W. G. Sebald

Considerado a obra-prima do o alemão W. G. Sebald, falecido em 2001, o livro narra a odisseia vital de um homem sem história chamado Jacques Austerlitz. Ele parte em busca de escrever sua própria narrativa percorrendo vários países europeus –e acaba revelando as dores de um continente devastado por duas guerras e o Holocausto. “Austerlitz é uma representação formidável do destino do homem moderno levado a um extremo: o do desenraizamento extremo; e da capacidade de sobrevivência do ser humano”, escreveu José María Guelbenzu.

The Beauty of the Husband -  Anne Carson (sem tradução para o português)

Em 29 tangos (isso mesmo), a poeta canadense fala sobre o conflito e as perdas desencadeadas por sua separação. “Há neste poemário uma tensão entre a idealização inicial do marido e o colapso desse ídolo que consegue exceder em muito o anedotário mais estritamente autobiográfico e confessional”, escreveu o crítico Ángel Rupérez.

A Festa do Bode - Mario Vargas Llosa

Vencedor do Prêmio Nobel de literatura, o escritor peruano conta nesta obra uma história sobre o ditador dominicano Rafael Leónidas Trujillo Molina. Nesta narrativa ele faz um impressionante retrato da corrupção dos regimes ditatoriais. Em sua crítica, Tomás Eloy Martínez definiu o livro como "um retrato implacável do poder absoluto em um romance que se lê do começo ao fim sem pausa para respirar".

Reparação - Ian McEwan

Um dos romances mais célebres do inglês Ian McEwan trata da história de uma menina que sonha em ser escritora e cria uma história fantasiosa na qual acusa injustamente seu irmão de criação. "Uma história de ambição e um alcance pouco frequentes. É, acima de tudo, um triunfo da imaginação criativa, uma obra que justifica em si a existência da arte do romance", escreveu Andrés Ibáñez.

Limónov - Emmanuel Carrère (sem tradução para o português)

Esse autor francês criou seu próprio estilo de escrita, no qual mistura autobiografia com o retrato de personagens insólitos. É dessa forma que “Limónov” pode ser considerado um romance autobiográfico. Seu personagem principal é, nas palavras do autor, “um pilantra na Ucrânia, um ídolo do underground soviético, um mendigo e depois um mordomo de um milionário em Manhattan; escritor em Paris, soldado nos Bálcãs e, agora, no imenso bordel do pós-comunismo na Rússia, velho chefe carismático de um partido de jovens desesperados. Ele se vê como um herói, mas também pode ser considerado um descarado: não me atrevo a julgá-lo”.

Seu Rosto Amanhã - Javier Marías

Trilogia escrita pelo autor espanhol, começa com a história de um ex-professor que, ao retornar à Inglaterra, conhece um grupo de ex-espiões que atuaram contra o nazismo e continuam na ativa, mas com outro objetivo. “Marías alcançou a construção mais sustentada, complexa e importante que essa vontade (de estilo e gênero) produziu nas novas letras espanholas”, comentou José-Carlos Mainer.

Borges - Adolfo Bioy Casares (sem tradução para o português)

O argentino, falecido em 1999, havia deixado preparado este volume sobre sua convivência com o conterrâneo Jorge Luis Borges, que descrevia a relação entre eles como uma profunda amizade "sem intimidade", cuja pedra angular eram os livros. “Embora o livro se estenda entre 1931 e 1989, Bioy resume os primeiros 15 anos em uma dezena de páginas. Claro, brilhantes. Os diários borgianos de Bioy estão cheios de literatura”, aponta Javier Rodríguez Marcos.

Verão - J. M. Coetzee

É a terceira parte das memórias do sul-africano J.M. Coetzee, uma mescla de ficção e autobiografia. Na história, um pesquisador vai pesquisar a vida de John Coetzee e conta, por exemplo, como o autor se deparou com a realidade do apartheid ao retornar de uma temporada nos Estados Unidos. “Revela uma audácia literária que embora consequente com a última parte de sua obra não deixa de ser um desafio original", escreveu José María Guelbenzu.

O ano do pensamento mágico - Joan Didion

Nesta obra, a americana narra o ano que sucedeu a morte de seu marido e a doença da filha. “A obra de não ficção de Joan Didion exemplifica bem o gênero conhecido como ensaio pessoal, uma forma de escrita cujo objetivo é submeter as circunstâncias históricas ou sociológicas a um exame de uma perspectiva radicalmente subjetiva", escreveu Eduardo Lago. Para ele, este livro é "o mais pessoal, pela temática íntima e dolorosa".

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